Por Carolina Flor
OBS: Contém spoilers.

Para Christopher Nolan, diretor do filme, o fato do pião estar rodando não importa, pois o importante é que Cobb via os filhos e estava feliz naquele estado de consciência. Para outros, Mal (esposa de Cobb, interpretada por Marion Cotillard) tinha voltado à realidade quando se matou, enquanto Cobb estava preso em seus sonhos e, consequentemente, nada do que aconteceu depois da morte de sua esposa era realidade. Outra teoria alega que, como Cobb não estava usando o seu anel de casado (e durante o filme ele só aparece usando o anel enquanto sonhava) e as roupas das crianças eram diferentes daquela na qual elas usavam na memória de Cobb (o responsável pelo figurino, Jeffrey Kurland, disse que mesmo que as roupas pareçam iguais, elas não são de fato as mesmas), ele estava presenciando a pura realidade.
Se olharmos mais a fundo, veremos que tudo gira em volta de “se o pião parou, ou não, de girar”. Na primeira vez que assisti, pensei que o pião ia cair, o que tornava aquilo realidade. Mas, na segunda vez, pensei que ele não ia parar de girar, provando que aquilo tudo era um sonho.
Depois de estudar durante alguns meses o filme, pude perceber que, assim como Beowulf (dirigido por Robert Zemeckis), o final é escolhido pelo espectador. Independentemente de qual teoria seja apresentada, cada pessoa escolherá uma teoria diferente. Fica a critério de cada um, assim como ficou a critério de Cobb, permanecer sonhando, ou voltar para a realidade. Cabe a você deixar o pião girando, ou fazê-lo cair.
0 comentários:
Postar um comentário