*Extraído do Blog do Noblat
Encontrei, ontem à noite, no restaurante Piantella, reduto de políticos em Brasília, o jornalista Alberto Dines, que acabara de ser agraciado por Lula em cerimônia no Palácio do Planalto com a Comenda Roberto Marinho.
Dines era editor do Jornal do Brasil quando consegui na sucursal do jornal, no Recife, meu primeiro emprego como jornalista no remoto ano de 1967.
Na época, o JB era o jornal mais importante do país.
Não fui admitido ali por méritos. O chefe da redação era noivo de uma das minhas primas. Foi puro nepotismo.
No Piantella, Dines falou-me do tratamento que recebera de Lula - gentil, amigo, carinhoso, informal.
Pareceu-me encantado.
Compreensível.
Lula é um sedutor. Sabe como ninguém agradar as pessoas quando quer - e as multidões sempre.
Cobri a prisão dele no início dos anos 80 em São Bernardo do Campo. Eu trabalhava na VEJA.
Mais tarde cobri seu julgamento na Auditoria Militar do 2º Exército, em São Paulo.
Estive com ele várias vezes depois disso.
Como presidente da República, só o encontrei uma vez - e ainda assim rapidamente. Foi na sua segunda posse.
Ele aproveitou para elogiar André, meu filho mais velho, petista desde o berço, que trabalhara na campanha dele sob o comando do marqueteiro João Santana.
Na ocasião, ouvi uma provocação simpática de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula:
- André é uma prova da evolução da espécie...
Achei graça. Fazer o quê?
São muitos os políticos sedutores.
Ao mesmo tempo em que você como jornalista é obrigado a conviver com eles, na medida do possível deve manter distância deles.
Do contrário acaba servindo mais a eles do que ao distinto público.
Não é uma tarefa fácil. Não há uma receita segura para isso.
Você aprende - ou imagina que aprende - com a idade.
Daí continuar atual o que o escritor Nelson Rodrigues disse uma vez a estudantes de jornalismo da PUC do Rio.
- Que conselho o senhor daria a jovens jornalistas? - perguntou um deles.
- Envelheçam - respondeu Nelson.
Dines era editor do Jornal do Brasil quando consegui na sucursal do jornal, no Recife, meu primeiro emprego como jornalista no remoto ano de 1967.
Na época, o JB era o jornal mais importante do país.
Não fui admitido ali por méritos. O chefe da redação era noivo de uma das minhas primas. Foi puro nepotismo.
No Piantella, Dines falou-me do tratamento que recebera de Lula - gentil, amigo, carinhoso, informal.
Pareceu-me encantado.
Compreensível.
Lula é um sedutor. Sabe como ninguém agradar as pessoas quando quer - e as multidões sempre.
Cobri a prisão dele no início dos anos 80 em São Bernardo do Campo. Eu trabalhava na VEJA.
Mais tarde cobri seu julgamento na Auditoria Militar do 2º Exército, em São Paulo.
Estive com ele várias vezes depois disso.
Como presidente da República, só o encontrei uma vez - e ainda assim rapidamente. Foi na sua segunda posse.
Ele aproveitou para elogiar André, meu filho mais velho, petista desde o berço, que trabalhara na campanha dele sob o comando do marqueteiro João Santana.
Na ocasião, ouvi uma provocação simpática de Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula:
- André é uma prova da evolução da espécie...
Achei graça. Fazer o quê?
São muitos os políticos sedutores.
Ao mesmo tempo em que você como jornalista é obrigado a conviver com eles, na medida do possível deve manter distância deles.
Do contrário acaba servindo mais a eles do que ao distinto público.
Não é uma tarefa fácil. Não há uma receita segura para isso.
Você aprende - ou imagina que aprende - com a idade.
Daí continuar atual o que o escritor Nelson Rodrigues disse uma vez a estudantes de jornalismo da PUC do Rio.
- Que conselho o senhor daria a jovens jornalistas? - perguntou um deles.
- Envelheçam - respondeu Nelson.
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